quinta-feira, 19 de março de 2009



Ergueu a cabeça e contemplou o lugar onde tantas vezes se apresentara para seus breves triunfos no trapézio. Aos olhos dos demais, podia ser um mero pedaço de madeira preso ao teto por uma corda, mas para ele era o palco de suas maiores glórias.

Durante muitos anos, fora o trapezista mais afamado do circo, por ser o que mais recebia aplausos durante as noites de apresentação. Quando estava sob o trapézio, a lei da gravidade parecia desaparecer por alguns instantes; uma vez que as cambalhotas, giros e manobras que realizava superava todas as barreiras impostas pela física.

Foram 20 anos como trapezista. Naquele picadeiro recebera muitos prêmios, homenagens, medalhas além de incontáveis aplausos.
Hoje, aposentado do trabalho circense, treina seus netos para que executem um trabalho tão bom quanto o que fora feito por ele.

Olhando o trapézio, o sentimento de saudade tornou-se inevitável, mas a sensação de dever cumprido o inundava ( fora o melhor trapezista daquele circo). Mas seu tempo acabara, chegou a hora de outros brilharem naquele picadeiro onde outrora fora a sua vez. Resta-lhe agora somente a lembrança de bons momentos; essas, nem o tempo poderá apagar.

Isabelly Cysne Augusto Maia

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