sábado, 14 de março de 2009




Algum tempo atrás, Maria, uma pequena garota do sertão cearense, executava seu trabalho na lavoura junto a mãe. Embora criança, ela nunca pudera estudar; a humilde vida da família forçava a garota ao trabalho compulsório.


Em um desses muitos dias ensolarados que assolam o nosso Estado, Francisca, mãe de Maria, pede para a filha deixar um delicioso bolo de fubá (que fizera com a boa colheita de bolo) na casa da avó, que se encontrava adoentada.


Atendendo ao pedido da mãe, a garota sai por esse sertão a caminho da casa da avó. Ela desobedece sua progenitora em um único aspecto, não vai pela trilha conhecida, aproveita a oportunidade de conhecer o caminho margeado por cactos espinhentos e pedras rachadas pelo sol que sua mãe tanto advertira a não seguir.


Sai sertão adentro divertindo-se com as paisagens exóticas que encontrava: arvores secas com aspecto de gente, cacto, cabeça de gado morto que acabava servindo de abrigo para muitos bichinhos. Distraída, Maria, não percebeu que um homem de aparência grotesca e com uma grande faca pendurada na cintura, aproximava-se dela a largos passos.


Quando percebe a presença daquele homem, Maria “apressa o passo” para chegar a casa de sua avó. O homem se aproxima e indaga o que uma criança como ela estava fazendo aquela hora em um caminho tão perigoso. Maria responde que vai visitar a avó.


De repente, o homem começa a tagarelar e a fazer uma serie de perguntas que a garota se vê impelida a responder, pois vê no homem um amigo e não mais uma ameaça. A conversa segue até a casa da avó, onde amenina deixa o bolo e os desejos de melhora.
No dia seguinte a noticia; a avó foi morta e tudo mais roubado.


Isabelly Cysne Augusto Maia

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