domingo, 26 de abril de 2009

Ao acordar, naquela manhã, ele percebeu que havia um furo em sua mão esquerda. Ficou desesperado! Não sabia a causa disso, como teria surgido.
Procurou vários médicos especialistas, neurologistas, dermatologistas, ninguém soube explicar a causa daquele furo em sua mão.
No dia seguinte, sua mulher também acordou com um furo, sendo que estava em sua mão direita. Seu desespero aumentou ainda mais. Primeiro nele, depois em sua mulher, quem mais seria “afetado” com isso? Será que é contagioso? Ninguém sabia responder a esses questionamentos.
Os médicos resolveram isolá-los e tudo que houvesse entrado em contato com eles.
Passaram-se alguns meses e nada acontecia. O furo não aumentava nem diminuía, nem se espalhava.
Os médicos procuraram ver se esse furo foi causado por algum produto químico que foi utilizado por eles. Passaram semanas fazendo pesquisas, e não chegaram a nenhuma conclusão.
Ao acordar seis meses depois, o furo havia sumido. Do mesmo modo que aparecera, desaparecera, do nada.
Joyce Alves Marques

sexta-feira, 24 de abril de 2009




Ao acordar, naquela manhã, ele percebeu que havia um furo na sua mão esquerda; tratava-se de uma circunferência perfeita que ocupava toda a palma.

A principio aquele furo lhe causara muitos problemas, não podia segurar nada com a mão esquerda que o objeto ultrapassava o furo e encontrava o chão.

Posteriormente, aquele buraco, que antes ocupara somente a palma de sua mão, começou a comer-lhe os dedos, depois o braço e por fim, toda a metade esquerda de seu corpo desaparecera como um passe de mágica.

O homem não conseguia entender o motivo súbito daquele desaparecimento de partes de seu corpo, agora ele possuía uma única “porção” que era visível aos olhos de todos os demais, a outra tornara-se invisível.

O processo de invisibilidade continuava progredindo, e agora a porção direita também começava a sumir; a única coisa ainda intacta era a sua cabeça, a qual perambulava pela cidade apoiada sobre um tronco invisível.

Por fim, sua cabeça também desapareceu e lê se tornara um verdadeiro homem invisível, ninguém mais o via, em sua família deram-no por desaparecido e mesmo sua voz era inaudível, apesar de vivo fisicamente, ele estava morto socialmente.


Isabelly Cysne Augusto Maia