sábado, 7 de novembro de 2009


A AIDS é uma doença muito perigosa, não existe vacina para ela, e a sua cura é muito difícil. Por que essa doença está crescendo no mundo? Como ela é transmitida? Existe como se prevenir?

Desde o final do século passado, a situação do sexo entre as pessoas se tornou algo lamentável: o respeito, a fidelidade, a pureza e vários outros valores morais foram sumindo. O sexo foi se tornando mais frequente no dia-a-dia, os jovens tendo relações antes do casamento e sem preservativos. Por isso, foi crescendo o número de casos da doença.

Essa moléstia pode ser transmitida por seringas e agulhas contaminadas pelo HIV; relação sexual; transfusão de sangue contaminado pelo HIV; pela mãe infectada pelo vírus.

Existem muitas maneiras para prevenir-se, dentre elas, utilizar seringas e agulhas descartáveis e ter relações sexuais utilizando camisinha ou para aqueles com fé religiosa ter relações depois de casado com fidelidade.

As pessoas não podem deixar que essa doença destrua suas vidas, precisam ter cuidado consigo e devem pensar bem antes de sair tendo relações sexuais com o(a) primeiro(a) que aparece. Ou vão preferir morrer antes do tempo?


Ilana Maria Holanda Sousa Teles

quarta-feira, 4 de novembro de 2009


No último fim de semana, ao ler a edição número 595 da revista Época, esbarrei-me com a reportagem ”o último livro que você vai comprar”. Aquele titulo sugestivo chamou minha atenção e, depois que acabei de ler, percebi que se tratava de um artigo, o qual anunciava a chegada do Kindle, uma espécie de livro eletrônico ao Brasil.

Segundo a reportagem, pareceu-me que os nossos tradicionais livros impressos estão próximos da extinção, pois o Kindle é um aparelho que pesa apenas 300 gramas e tem o formato de um gibi, sendo capaz de reunir aproximadamente 1500 exemplares.

No Brasil, dentre as obras já disponíveis no formato do livro digital estão: o jornal “O Globo” e todos os escritos do autor Paulo Coelho. “ Quem não adotar a nova tecnologia vai ficar tão antigo quanto os monges medievais”, disse Paulo.

O Kindle é um aprova da força exercida pela idéia dos novo, do moderno, hoje muitos querem ter um livro digital, alegando múltiplos benefícios, dentre eles a capacidade de levar a todo lugar uma biblioteca inteira, mas o que hoje é novo será daqui a alguns anos mais um lixo tecnológico.

Os livros impressos já tiveram sua existência ameaçada por vários equipamentos eletrônicos, dentre eles o “CD- Room”, mas nenhuma tecnologia até agora foi capaz de substituir o prazer de segurar o livro, sentir o cheiro das folhas, passar as páginas, o que me faz crer que a reportagem “o ultimo livro que você vai comprar” publicada na revista Época foi precipitada ao dar o veredito sobre o futuro dos livros.

Isabelly Cysne Augusto Maia

sábado, 31 de outubro de 2009


A amizade tem um valor inestimável em nossas vidas. Sem ela não suportaríamos os problemas que enfrentamos no dia-a-dia. Para alguns, o amigo é um anjo sem asas, outros, também, um tesouro encontrado.

No mundo de hoje, muitas pessoas têm esquecido o real sentido da amizade, assim, existem relacionamentos entre cidadãos que não possuem a base do amor e do companheirismo. Aproximam-se apenas por dinheiro, fama, enfim, para beneficiar-se do outro.

Porém, mesmo com toda essa banalização dos valores da amizade, as ideias expressas nas obras de muitos escritores são validas, pois esse relacionamento sempre será essencial para nós.

Aqueles que não tiveram amizades verdadeiras, não terão alguém para todos os momentos da vida. Um dia, estarão sozinhos. Mas os que são sinceros, leais e gostam de estar perto do outro, estarão sempre rodeados de amigos e conhecerão a felicidade.

As verdadeiras amigas dão conforto umas às outras, quando estão perto. Juntas é mais fácil enfrentar os problemas, pois sabem que não estão sozinhas. Nos momentos felizes, também podem contar com a presença de todas.

A amizade está na reciprocidade do amor entre as pessoas e quando temos amigos verdadeiros,
tratamo-los como irmãos.

Ilana Maria Holanda Sousa Teles


Na Amazônia, em uma extensa fazenda, mora um fazendeiro chamado João da Silva, mas era conhecido João do lucro, devido a sua fama de desmatar a floresta, somente para ficar rico. Ele não se importava com a natureza.


Todo dia, os seus empregados recebiam ordens para derrubar árvores. Ele as vendia a uma empresa de móveis e ficava muito contente com o dinheiro que recebia.


Muitos proprietários também lucravam dessa forma. Mas, preocupado, o governo passou a oferecer uma quantia para aquele que não desmatasse mais a Amazônia. Todos os fazendeiros aceitaram essa proposta, menos o João do lucro.


Ele continuou com seus negócios, mas, uma noite, teve um pesadelo assustador. Era o seu futuro, a Amazônia havia desaparecido e, por consequência, aquela região enfrentava uma seca insuportável. João estava pobre e sem terras, já não sabia o que fazer. Ficou muito assustado e de repente acordou.


Estava de manhã, os empregados já esperavam por ele na cozinha, mas foi direto falar com o governo para dizer que nunca mais desmataria a floresta e, depois daquele pesadelo, sempre quando alguém derrubava uma arvore na Amazônia, começava a correr implorando “Por favor, não mate a arvore do meu futuro!”.
Ilana Maria Holanda Sousa Teles

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

-Todo dia uma parte da Amazônia é desmatada. Se continuar dessa forma, muitas plantações de soja, cana-de-açúcar e outras serão prejudicadas. As hidrelétricas também serão, disse um produtor de cana-de-açúcar.
-Concordamos plenamente com você! Nós não seremos os únicos prejudicados. As pessoas que moram na Amazônia também serão, disseram outros produtores de soja e cana-de-açúcar.
-Uma maneira de acabar com esse desmatamento exagerado é pagar aos proprietários para que eles acabem com essa prática.
Todos ficaram felizes, gritando, aplaudindo até que alguém fala:
-Só tem um problema: quem irá disponibilizar verbas para tal fim?
As pessoas ficaram caladas e começaram a cochichar inquietas.
-Tenho uma ideia! Já sei quem tem a obrigação de disponibilizar dinheiro para pagar aos proprietários de terras.
-Quem?Quem?
-O mundo!
-Como assim? Não podemos obrigar os países do mundo a pagarem aos proprietários. Ou podemos?
-Claro que podemos! Os outros países alegam que a Amazônia é patrimônio internacional, então eles têm a obrigação de protegê-la do desmatamento!
-É! Bem pensado!
-Que o dinheiro saia das finanças internacionais!
-Viva! Viva!


Joyce Alves Marques


Os problemas ambientais estão cada vez mais presentes no meio em que vivemos, como: os desmatamentos, a poluição da águas, a extinção de determinadas espécies de animais. Essa, também, é uma realidade de uma das maiores florestas do mundo: a Amazônia. Esta é prejudicada pelas ações desmedidas da humanidade as quais acarretam outro problema mundial: o desequilíbrio ambiental.

A Amazônia tem grande influência em algumas partes da América do Sul, pois sua chuva atinge essas regiões. Porém, poderá haver um desequilíbrio no ciclo hidrológico, se os desmatamentos não forem suspensos, o que causará grandes danos.

Sabemos que existem muitas irregularidades na execução das leis, principalmente, quando não existem muitos interesses por parte do governo. Essa “falta de preocupação” é o que pode trazer à Amazônia o desequilíbrio nas suas chuvas, pois o descaso com a fiscalização permite que os desmatamentos ocorram, e estes prejudicam o ciclo hidrológico.

Portanto, é necessário que encaremos a realidade da Amazônia como algo sério o qual pode ocorrer “apenas” no futuro, mas que se vier a acontecer causará grandes problemas. É preciso que o governo tome uma posição firme para esse problema em relação à fiscalização, pois muitas pessoas não têm consciência do que suas ações podem acarretar e cabe ao governo intervir; conscientizando-as ou, se necessário, punindo-as dentro do que a lei permite.

Assim como lutamos pelos nossos direitos, devemos, também, lutar pela nossa floresta, pois as leis, em relação a serem cumpridas ou não, “podemos escolher”, já a Amazônia é um direito nosso e se ela “acabar” não poderemos escolher uma outra.


Letícia Maria Rodrigues Ramos

quinta-feira, 29 de outubro de 2009


Um novo questionamento tem surgido no cenário brasileiro: jovens devem ou não dirigir aos 16 anos? a recorrente pergunta tem gerado intensa discussão entre vários setores da sociedade.


Embora a proposta de autorização para que adolescentes de 16 anos possam dirigir seja defendida por alguns segmentos sociais, ao refletirmos com um pouco mais de atenção, chegamos a conclusão de que é uma temeridade lançar jovens no caótico trânsito brasileiro, o qual, segundo as últimas estátiscas, é o maior responsável por óbitos em nosso país; além do violento tráfego devemos considerar o fato de que adolescentes são em grande parte, inseguros, desatentos, e um tanto quanto desengonçados para adquirirem a grande responsabilidade de dirigir.


É conviniente também refletirmos o fato de que jovens de 16 anos podem votar, o que sem dúvidas exige uma grande responsabilidade, mas ao escolher um candidato "errado" ele não irá morrer ou matar ninguém. Ao votar o adolescente estará desenvolvendo seu censo crítico, avaliando as propostas dos candidatos políticos.


Jovens com 16 anos, pela Constituição Brasileira, não podem ser judicialmente punidos, dessa maneira não poderão se responsabilizar pelas imprudências que vierem a cometer enquanto estiverem dirigindo; o que nos leva a reflexão: Como um adolescente pode apresentar amadurecimento para dirigir se não pode ser punido pelos erros que venha a cometer?


A diferença entre 16 e 18 anos é de apenas 24 meses (2 anos) e no entanto a maturidade verificada em um jovem de 18 anos é notória quando comparada a um de 16, oferecendo-lhe maior respaldo para adquirir mais essa responsabilidade. L evando-nos a concluir que cabe a nós resolver os muitos problemas do trânsito brasileiro e não buscar novas dificuldades para serem adicionadas a ele.


Isabelly Cysne Augusto Maia

sábado, 24 de outubro de 2009

Desmatamento e políticas públicas


É comum ouvirmos a frase: Amazônia, o pulmão do mundo, embora essa afirmativa esteja errada, a Floresta Amazônica continua sendo a maior floresta tropical do mundo, totalizando 40%das áreas de floresta tropical existentes no planeta, apesar dos diários desmatamentos de enormes prporções.

Uma das causas para a não redução do desmatamento é a permanência de um paradoxo; enquanto algumas pessoas tomam consciência de que é preciso agir o mais rápido possivel a fim de evitar-se um aceleramento e agravamento das catástrofes ambientais, outros continuam a agir unicamente em função de seus interesses pessoais, não percebendo que a preservação ambiental não é mais uma questão de escolha mas de sobrevivência.

Devido a esse comportamento alienado das realidades ambientais por parte de alguns membros da sociedade, tem-se tornado necessária a implementação de políticas públicas, a fim de atenuar o problema. Dentre essas medidas, podemos citar a cobrança de multas para aqueles que promovem desmatamento não autorizado, além do aumento da fizcalização, sobretudo nas áreas extrativistas.

A aplicação dessa proposta levará a uma queda substancial do desmatamento, pois quando o assunto é conduzido para a vertente financeira, os resultados são praticamente imediatos.

Apesar de muitas sugestões propostas para o problema do desmatamento envolver punições relacionadas ao dinheiro e não por meio da conscientização sobre a utilização sustentável dos recursos, não podemos nos esquecer que esse problema requer soluções rápidas, pois ecologia, agora, não se trata mais de um "modismo" e sim de sobrevivência humana.


Isabelly Cysne Augusto Maia

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Um alerta para todos

Estamos passando por um problema mundial, uma situação em que as pessoas precisam ter um cuidado maior com certos hábitos e contatos umas com as outras devido à gripe suína.

Esta gripe começou no México e vem se espalhando, passando de um país para outro. O Brasil já possui casos de pessoas com a doença. Ela é uma gripe perigosa, pois é mais forte que a normal.

O que leva uma pessoa à morrer, na verdade, são suas complicações, como a pneumonia, por exemplo.

É preciso ter alguns cuidados como estar sempre lavando as mãos; ao tossir ou espirrar, colocar um lenço na boca; não compartilhar copos ou alimentos com outra pessoa; se houver suspeita da gripe, ir a um médico para começar o tratamento; evitar ambientes fechados.

Este é um momento sério, precisamos estar alerta, muitas pessoas estão morrendo e não podemos deixar isso agravar-se. Vamos cuidar da nossa saúde e proteger-nos.
A amizade tem um valor inestimável em nossas vidas. Sem ela não suportaríamos os problemas que enfrentamos no dia-a-dia. Para alguns, o amigo é um anjo sem asas, outros, também, um tesouro encontrado.
No mundo de hoje, muitas pessoas têm esquecido o real sentido da amizade, assim, existem relacionamentos entre cidadãos que não possuem a base do amor e do companheirismo. Aproximam-se apenas por dinheiro, fama, enfim, para beneficiar-se do outro.
Porém, mesmo com toda essa banalização dos valores da amizade, as ideias expressas nas obras de muitos escritores são validas, pois esse relacionamento sempre será essencial para nós.
Aqueles que não tiveram amizades verdadeiras, não terão alguém para todos os momentos da vida. Um dia, estarão sozinhos. Mas os que são sinceros, leais e gostam de estar perto do outro, estarão sempre rodeados de amigos e conhecerão a felicidade.
As verdadeiras amigas dão conforto umas às outras, quando estão perto. Juntas é mais fácil enfrentar os problemas, pois sabem que não estão sozinhas. Nos momentos felizes, também podem contar com a presença de todas.
A amizade está na reciprocidade do amor entre as pessoas e quando temos amigos verdadeiros, tratamo-los como irmãos.

Ilana Maria Holanda Sousa Teles

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

A UFC deve adotar o ENEM?

O ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) é uma prova aplicada aos alunos que estão no último ano do ensino médio (os alunos que estão cursando o primeiro e o segundo ano de ensino médio também podem fazer a prova, sabendo que poderá ser abordado conteúdos ainda não aprendidos), objetivando avaliar o desempenho dos estudantes.

O governo Federal lançou uma proposta para as universidades federais do Brasil adotarem o ENEM para o engresso dos alunos na mesma. As universidades têm autonomia para aceitar ou não essa proposta, porém, se a proposta for aceita, o governo disponibilizará verbas para as mesmas.

Muitos estão perguntando se a UFC deve adotar o ENEM no próximo ano, se isso será melhor ou não.

O atual vestibular da UFC exige que o candidato saiba de muitos detalhes desnecessários e muitas fórmulas, ou seja, exige que as pessoas decorem os conteúdos. Já o ENEM irá inserir os conteúdos em questões contextualizadas, em fatos do cotidiano. Também será cobrado conhecimentos gerais sobre atualidades, com isso, os alunos terão que estar sempre informados, lendo revistas e assistindo jornais.

Então, ao adotar o ENEM, as universidades, além de receber verbas do governo, irão preparar as pessoas para o futuro devido às questões relacionadas com o dia a dia e as atualidades.


Joyce Alves Marques

sábado, 22 de agosto de 2009


Marina Silva, na batalha presidencial

No ultimo domingo (16 de agosto) foi divulgada a possibilidade de Marina Silva entrar na corrida presidencial de 2010. Integrante do Partido dos Trabalhadores, a futura candidata negocia a sua entrada para o Partido Verde, o qual está mais próximo aos ideais ambientalistas de Marina.

Filha de nordestinos que por muito tempo trabalharam nos seringais amazônicos, Marina foi forçada pelas circunstancias da vida a trabalhar desde criança, sendo alfabetizada aos 16 anos, constituindo, segundo os especialistas, “um pouco de humanidade no que seria uma disputa de poder entre Dilma Roussef e José Serra”

Marina Silva reúne em si as características da política do futuro: preocupada com o meio- ambiente, possui o nome longe dos atuais escândalos políticos que sujam a confiabilidade do governo brasileiro. Ela pode proferir a palavra esperança sem demagogia ou fingimento, e sendo mulher encaixa-se na tendência dos paises da América do Sul de eleger representantes femininas.

Diante dessa possível candidatura, os demais partidos estão à procura de coligações a fim de aumentarem seus tempos no programa eleitoral de radio ou televisão, tornando o tempo da ambientalista inexpressivo para candidato à presidência da república, o qual procura proferir as suas propostas de governo.

Esperamos que com a eleição de 2010 a honestidade e a confiança possam ressurgir na política brasileira e não represente apenas mais uma disputa eleitoreira.


Isabelly Cysne Augusto Maia

sexta-feira, 5 de junho de 2009


O numero de casos de AIDS vem aumentando a cada ano, tornando-se uma epidemia mundial; muitas são as hipóteses sobre o motivo desse aumento, entre elas a banalização de sexo e o incentivo de certos programas públicos como a distribuição em massa de preservativos.


A quantidade de casos dessa doença no Brasil tem-se mantido estável, porem a tendência esperada pelos especialistas é que nosso país vivencie um aumento abrupto de ocorrências. Tais previsões são reforçadas pelas posturas de comportamento social as quais tem atingido grande parte de nossa sociedade como a realização do sexo movido apenas por um desejo momentâneo.


Não é mais admissível a desculpa que alguns jovens utilizam: ”Contraí AIDS, pois não sabia da existência de preservativos”, convenhamos, em um país onde o próprio presidente da Republica distribui camisinhas em meio a Marquês de Sapucaí, é inconcebível que não se saiba sobre tais mecanismos de prevenção, essas praticas de divulgação em massa já estão prejudicando o combate às doenças sexualmente transmissíveis obtendo o resultado inverso, ao invés de ter diminuído, tem aumentado os casos.


Acreditamos que o aumento da manifestação de soros – positivos vem sendo causado mundialmente devido à banalização da relação sexual, que há muito deixou de ser feito por amor, passando a ser realizado pelo desejo e prazer momentâneos e principalmente pelas praticas publicas.


Na tentativa de reduzir os casos dessa epidemia letal, deve-se iniciar um processo de educação sexual, mostrando ao jovem a enorme quantidade de conseqüências que uma relação sexual realizada fora de hora pode trazer como: gravidez indesejada, frustrações, doenças entre outras, sem falar na redução da massificação dos apelos sexuais promovidos pela mídia.



Isabelly Cysne Augusto Maia
A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença causada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV). Ele pode ser transmitido de diversas maneiras como através de seringas, transfusões de sangue, doação de órgãos e também por meio das relações sexuais.

Essa doença consiste na destruição dos leucócitos do indivíduo infectado, deixando-o vulnerável à contração de várias doenças que podem levar à morte.

Muitas vezes, a pessoa está infectada com esse vírus e não sabe, pois a doença demora alguns anos para ser manifestada. Então, é preciso sempre ter cuidado.

Atualmente, o numero de pessoas infectadas pelo vírus está relativamente baixo comparado aos anos setenta, quando os “hippies” defendiam o sexo livre e sem preservativos. O fato de hoje o numero de pessoas afetadas esteja menor deve-se à conscientização da população em relação aos perigos dessa doença e ao incentivo do uso de preservativos.

Os pesquisadores passaram vários anos pesquisando a fim de desenvolver um soro ou uma vacina contra a AIDS, porém ainda não foi possível, pois o vírus HIV sofre mutações ao longo do tempo, o que torna impossível a produção de uma vacina.

Para se proteger contra a AIDS basta utilizar preservativos, seringas descartáveis, melhorar a fiscalização sobre o sangue utilizado nas transfusões e sobre os órgãos transplantados.


Joyce Alves Marques


domingo, 3 de maio de 2009


Em uma pequena vila, morava Henrique, um menino que sempre sonhou em viver grandes aventuras na sua vida. Ele tinha um grupo de amigos o qual se reunia todos os finais de semana para acampar, e assim, fingiam que eram detetives e passavam as noites em busca de desvendar mistérios. Eles gostavam de ir para um campinho perto da casa de Henrique, pois lá podiam fazer o que queriam nas madrugadas. Até que um dia, resolveram mudar seus planos: ir para o cemitério! Todos ficaram com medo dessa decisão, porém para provar a “coragem de homem”, concordaram.

Era uma noite de sábado, estava tudo muito escuro, quando Henrique e seus amigos chegaram ao cemitério. Eles não sabiam o que realmente iriam fazer naquele local tão sombrio, no entanto não poderiam mais desistir.

De repente, um dos meninos percebeu algo estranho, porém não soube dizer o que era para os outros e apontou. Todos ficaram impressionados e com medo, queriam ir embora naquele momento, então Henrique falou:

─Temos que ficar, somos poucos e é perigoso se sairmos agora, pois é longe de nossas casas; temos que esperar amanhecer. Afinal, somos homens e não podemos ter medo!

Como eles não conseguiriam fazer nada antes de saber o que estava pertubando-lhes, foram desvendar este mistério. Uma luz saía pela janela de um casebre, no meio da escuridão, de forma que apagava, acendia e mudava de cor com uma frequência irregular. Foram aproximando-se para terem uma melhor visão do local. Olhavam ao redor e viam todos aqueles túmulos e o nevoeiro que tomava conta de todo o local. Empalideciam!

─Não tenho coragem de ir! ─ disse um dos meninos ─ Ninguém sabe o que tem lá dentro, pode ter um monstro ou, quem sabe, um morto-vivo! Pode ser uma alma esperando alguém para devorar!

─Devorar?!─ todos riram.

─Sim, nós não sabemos do que esses seres são capazes!

─Nossa Ricardinho, não sabia que você acreditava nessas histórias de criancinhas!

Henrique percebeu que todos os meninos estavam com muito medo, mas não queriam dizer para não acontecer o mesmo que ocorreu com Ricardinho. Então, Henrique pronunciou-se:

─Já que ninguém quer ir, e eu sou o líder do grupo, irei ver o que está acontecendo e poderemos brincar sem nos preocuparmos mais.

Mesmo com um pouco de relutância, não poderia deixar que o medo o vencesse. Como poderia ser líder de um grupo se era medroso?! Lutando contra todos os seus sentimentos, Henrique foi. Quando estava chegando mais perto percebeu que além da luz, ainda havia vozes as quais ele não conseguia saber o idioma falado. Foi, então,  ficando cada vez mais apavorado, porém não poderia sair correndo, apesar de essa ser a sua vontade. Quando chegou em frente a porta, que estava fechada, suspirou fundo e abriu-a.

─Meu filho, você não tem o que fazer não?! Já está de madrugada e você num cemitério?! Cadê seus pais?

O menino começou a rir. Todo aquele suspense que fizeram, todo o medo que tiveram era por causa do coveiro o qual estava assistindo a um filme em russo na sua casa. Henrique pediu desculpas por estar atrapalhando e explicou-se ao senhor. Este convidou o menino e seus amigos para passarem a madrugada lá e todos se divertiram muito. Foi a melhor aventura que Henrique já teve em sua vida. 

Letícia Maria Rodrigues Ramos

 


Manaus, 17 de janeiro de 2009.

 

            Viviane,

            Estou com muitas saudades de São Paulo, de escutar a “trilha sonora” dos carros, da vida agitada, de todos os amigos que aí ficaram, inclusive de ti. No dia em que eu puder, irei visitar todos, por enquanto, não é possível. Por esse motivo, estou escrevendo-te esta carta, e também, para contar as “aventuras” que vivo deste que cheguei aqui.

            Quando minha mãe chamou-me para Manaus, avisou que era porque vovó estava doente e precisava da presença da família, porém eu não sabia que esta era enorme e que todos ficariam hospedados na casa da vovó.

            Chegando lá, apresentaram-me o quarto onde eu iria ficar. Acostumada a ter meu próprio espaço, pois sou filha única, tendo o quarto reservado só para mim, levei um grande susto: além de mim, mais oito primas ficariam dormindo e convivendo no mesmo quarto; este que era “minúsculo”. E, não adiantou eu reclamar, pois todos da família concordavam com a situação, até a mamãe!

            No primeiro dia, chegamos na hora do almoço. Quando este foi acontecer, havia umas dez pessoas sentadas à mesa que tinha apenas quatro lugares. Havia gente sentada no chão, no sofá, na mesa da cozinha, dando uma totalidade de quase trinta pessoas. Até os vizinhos vieram almoçar na casa da vovó! Fiquei enfurecida, disse para a minha mãe que não ficaria lá por mais de uma semana, mas depois mudei de ideia.

            Todos os dias, à noite, nós nos reuníamos após o jantar para jogar cartas, contar piadas, partilhar nossas experiências nas diversas cidades em que já moramos. Era muito divertido, mas, também, bastante diferente, pois eu não era acostumada a ter essas vivências em família.

            Como aqui também estava nas férias, meus primos sempre inventavam algo para fazer durante o dia. Íamos tomar banho no rio, pescar, andar de barco, fazer coisas que eu nunca pensei em fazer. E assim, fui acostumando-me com esta rotina e gostando de saber o que é ter uma família.

            Nesse tempo que passamos aqui, vovó já melhorou bastante por ver a nossa unidade que há muito tempo não havia na nossa família.          

            Estou muito feliz e já consegui adaptar-me a esta cidade, pois faz um pouco mais de dois meses que estou aqui. Prometo que voltarei a me comunicar contigo, agora tenho que parar de escrever, pois meus primos e eu vamos, agora, conhecer o encontro das águas do rio Negro e Solimões!   

             

            Abraço a todos,

                                                                                                     Camila.


Letícia Maria Rodrigues Ramos


Num sábado, à tarde, as pessoas da cidade de Lamparina foram para o shopping, pois estava chegando o dia das bruxas, e todos iriam comprar fantasias e balas.

De repente, as luzes começaram a piscar, o vento soprava forte do lado de fora do shopping, as pessoas gritavam, não conseguiam sair, pois as portas estavam travadas. Foi então que um homem gritou:

—Vejam, estamos sangrando!

Todos se desesperaram, médicos, que estavam no local, tentavam encontrar uma explicação para o ocorrido. As pessoas estavam vermelhas, seu sangue derramava pelo corpo todo.

Diante de todo aquele desespero, o sangue derramado no chão começou a subir pelas paredes e este corroía as paredes de forma inexplicável, buracos foram surgindo.

Algumas horas depois, as pessoas foram morrendo, começou com as crianças e idosos, depois adultos, no outro dia, não havia mais ninguém vivo no shopping.
Ilana Maria Holanda Sousa Teles

domingo, 26 de abril de 2009

Ao acordar, naquela manhã, ele percebeu que havia um furo em sua mão esquerda. Ficou desesperado! Não sabia a causa disso, como teria surgido.
Procurou vários médicos especialistas, neurologistas, dermatologistas, ninguém soube explicar a causa daquele furo em sua mão.
No dia seguinte, sua mulher também acordou com um furo, sendo que estava em sua mão direita. Seu desespero aumentou ainda mais. Primeiro nele, depois em sua mulher, quem mais seria “afetado” com isso? Será que é contagioso? Ninguém sabia responder a esses questionamentos.
Os médicos resolveram isolá-los e tudo que houvesse entrado em contato com eles.
Passaram-se alguns meses e nada acontecia. O furo não aumentava nem diminuía, nem se espalhava.
Os médicos procuraram ver se esse furo foi causado por algum produto químico que foi utilizado por eles. Passaram semanas fazendo pesquisas, e não chegaram a nenhuma conclusão.
Ao acordar seis meses depois, o furo havia sumido. Do mesmo modo que aparecera, desaparecera, do nada.
Joyce Alves Marques

sexta-feira, 24 de abril de 2009




Ao acordar, naquela manhã, ele percebeu que havia um furo na sua mão esquerda; tratava-se de uma circunferência perfeita que ocupava toda a palma.

A principio aquele furo lhe causara muitos problemas, não podia segurar nada com a mão esquerda que o objeto ultrapassava o furo e encontrava o chão.

Posteriormente, aquele buraco, que antes ocupara somente a palma de sua mão, começou a comer-lhe os dedos, depois o braço e por fim, toda a metade esquerda de seu corpo desaparecera como um passe de mágica.

O homem não conseguia entender o motivo súbito daquele desaparecimento de partes de seu corpo, agora ele possuía uma única “porção” que era visível aos olhos de todos os demais, a outra tornara-se invisível.

O processo de invisibilidade continuava progredindo, e agora a porção direita também começava a sumir; a única coisa ainda intacta era a sua cabeça, a qual perambulava pela cidade apoiada sobre um tronco invisível.

Por fim, sua cabeça também desapareceu e lê se tornara um verdadeiro homem invisível, ninguém mais o via, em sua família deram-no por desaparecido e mesmo sua voz era inaudível, apesar de vivo fisicamente, ele estava morto socialmente.


Isabelly Cysne Augusto Maia

terça-feira, 24 de março de 2009


Em uma terra distante localizada na Amazônia, havia uma família indígena que vivia da terra, vendendo suas produções.

Certo dia, receberam uma notícia de que a avó da Kainá, filha de um índio que morava naquela aldeia, estava doente. A mãe da Kainá fez uma cestinha de palha, colocou uma parte de suas produções e pediu sua filha para levar a cesta até a casa de sua avó.

Antes de sair da aldeia, Kainá recebeu ordens de sua mãe para ir pela trilha até a casa da sua avó, que se localizava em uma aldeia próxima. Porém, Kainá era muito teimosa e, desobedecendo as ordens de sua mãe, foi por dentro da floresta para ver os animais que ali habitavam.

Pelo caminho, viu vários animais lindos, inclusive macacos. De repente, Kainá ouviu um barulho estranho parecido com o barulho de uma onça. Ela estava ficando com medo e começou a correr para chegar depressa à casa de sua avó, mas não percebeu que ainda estava sendo seguida pela onça.

No dia seguinte, Kainá e sua família receberam uma notícia horrível: uma onça invadiu a aldeia de sua avó e matou-a.

Joyce Alves Marques

Dário vinha apressado e, assim que dobrou a esquina, diminuiu o passo até parar, encostando-se à parede de uma casa. Após recuperar o fôlego, percebeu que aquela casa era familiar. Aquele muro de pedra alto, a arquitetura antiga, mas bonita, suas paredes num tom de areia... Tinha a sensação de já ter morado lá há muito tempo.

No dia seguinte, foi atrás do dono da casa, pois estava interessado em comprá-la. Dário perguntou às pessoas que moravam pelas proximidades se sabiam quem era o dono daquela casa. As pessoas diziam que não viam ninguém entrar lá há anos.

De repente, teve a idéia de ir aos Correios ver se conseguia alguma informação. O agente dos Correios só pôde informar o telefone do proprietário.

Quando chegou em casa, foi telefonar. Achou o número familiar, mas não se lembrava de quem era.

O telefone tocou várias vezes e ninguém atendeu. Ele resolveu tentar novamente e, após vários minutos, uma voz grossa atendeu. Logo a reconheceu! Era a voz de seu avô! Ele era o misterioso proprietário da casa.

A partir desse momento, tudo começou a fazer sentido! Quando era pequeno, vivia indo passar os finais de semana com seus avós naquela maravilhosa casa. Por isso que ela era familiar.

Joyce Alves Marques

sexta-feira, 20 de março de 2009


A rua! A rua deserta, vazia, livre, para meus passos e para o meu rumo! Corri por ali afora, corri para alcançar o bonde e para desentorpecer.

O bairro estava silencioso, sem ninguém, todos haviam viajado para a cidade vizinha, onde haveria um grande show da Isabelly Sangalo, uma cantora muito famosa, que estava fazendo vários shows na minha região.

Acordei muito tarde, e os bondes já tinham seguido viagem, mas, por sorte, alcancei o último, pois estava atrasado.

No outro dia, à noite, já pronto para o show, fui para a praia, onde ocorreria o grande espetáculo, meus amigos estavam lá comigo, bebemos muito e dançávamos com muita alegria.

Meia-noite começou o tão esperado show, Isabelly tinha muitos fãs, todos se divertiam com suas músicas, sem contar que ela era muito bonita.

De repente, uma faísca no equipamento de iluminação surgiu e “bum” começou o incêndio, um desespero total, todos corriam para longe do palco, houve muita gritaria e choro de crianças. Conseguiram salvar Isabelly, uma pessoa ficou ferida, mas nada muito grave. Chegaram os bombeiros, eles conseguiram apagar o fogo.

Todos foram para casa muito assustados, o que teria causado aquele terrível incêndio?

Ilana Maria Holanda Sousa Teles

quinta-feira, 19 de março de 2009



Ergueu a cabeça e contemplou o lugar onde tantas vezes se apresentara para seus breves triunfos no trapézio. Aos olhos dos demais, podia ser um mero pedaço de madeira preso ao teto por uma corda, mas para ele era o palco de suas maiores glórias.

Durante muitos anos, fora o trapezista mais afamado do circo, por ser o que mais recebia aplausos durante as noites de apresentação. Quando estava sob o trapézio, a lei da gravidade parecia desaparecer por alguns instantes; uma vez que as cambalhotas, giros e manobras que realizava superava todas as barreiras impostas pela física.

Foram 20 anos como trapezista. Naquele picadeiro recebera muitos prêmios, homenagens, medalhas além de incontáveis aplausos.
Hoje, aposentado do trabalho circense, treina seus netos para que executem um trabalho tão bom quanto o que fora feito por ele.

Olhando o trapézio, o sentimento de saudade tornou-se inevitável, mas a sensação de dever cumprido o inundava ( fora o melhor trapezista daquele circo). Mas seu tempo acabara, chegou a hora de outros brilharem naquele picadeiro onde outrora fora a sua vez. Resta-lhe agora somente a lembrança de bons momentos; essas, nem o tempo poderá apagar.

Isabelly Cysne Augusto Maia

segunda-feira, 16 de março de 2009


O dia amanhecera, mas de uma forma diferente, na terra da galinha choca, um ar misterioso rondava o lugar.

Suspensa por aquele ar de que algo estranho iria acontecer, fui ver o meu imóvel que estava para locar, um possível inquilino havia me ligado, interessado em conhecer o espaço. O dia corria bem, a sensação suspeita que me invadira ia esvaecendo a medida que o dia seguia seu ritmo normal.

No horário marcado, às 2 da tarde, meu cliente aparecera, era um moreno bonito, alto e com um sotaque característico de carioca, conversamos sobre o preço do aluguel, o tempo do contrato e ele prontamente aceitara todas as minhas condições.

Nosso primeiro contato ocorrera dessa maneira, por volta do dia dez de janeiro, mas nos vimos muito mais vezes depois da assinatura do contrato, ele passou a me cortejar, a levar-me par jantar, para ao cinema e quando dei por mim já estava enamorada por aquele sotaque carioca, dessa maneira os dias passaram, começamos a namorar e quando o dia do primeiro pagamento chegara, fui novamente ate o meu imóvel ( onde outrora fora um lava-jato), ao chegar o carioca (como ficara conhecido em Quixadá), ao invés de dar- me somente o pagamento referente ao primeiro mês, acabou dando-me o valor correspondente a todo o tempo de locação.

Recebi o dinheiro com grande hesitação, como poderia aceitar uma quantia tão alta? , mas ao mesmo tempo a alegria de saber que não seria enganada com o pagamento do aluguel como já fora por diversas vezes, alem do mais não tinha motivos para desconfiar daquele dinheiro, cada dia mais meu namorado impressionava-me com gentilezas.

Com o montante recebido pude pagar todas as minhas dividas e me dar ao luxo de fazer mais algumas com roupas, bolsas e sapatos de marca, jóias entre outros muitos bens de valor, com os quais pude ficar mais bela para meu amado.

Os dias seguiram normalmente e com imensa alegria, veio então a noticia surpreendente, no dia 15 de fevereiro uma quadrilha de ladrões invadira o Banco do Brasil, roubando a quantia de 800 mil.

A quadrilha, como foi investigado, pela policia era majoritariamente carioca, tiveram acesso aos cofres do banco por meio de um túnel cavado em um antigo lava-jato, que fora locado para os bandidos, porem os assaltantes não alcançaram seu objetivo de roubar os 6 milhões que estavam contidos nos cofres do banco, conseguindo surrupiar apenas 800 mil.

Posteriormente descobri que o estabelecimento do qual o túnel partira é o meu e agora os policiais contam com a minha visão de mulher apaixonada traída (ele não roubara meu dinheiro, mas partira meu coração) para montar o retrato falado.

Após o assalto, Carioca fora embora sem nenhuma despedida, deixando apenas um coração de uma mulher completamente despedaçado. Desejei vê-lo só mais uma vez, embora ele tivesse enganado-me, a falta que aquele sotaque me fazia era maior do que qualquer outra decepção.

Isabelly Cysne Augusto Maia

Não podia acreditar no que estava vendo! Eles estavam mesmo falando a verdade. Pensei que era só uma ameaça àquele homem. Nunca imaginei que alguém fosse realmente capaz de cometer uma barbaridade dessas!

Quando menos esperava, lá estava o homem sendo colocado em uma casinha toda feita de vidro, semelhante a uma estufa. As pessoas que assistiam a cena, riam do desespero dele.

Pouco tempo depois, descobri que não colocaram comida nem água para ele. Ouvi algumas pessoas apostando quanto tempo ele conseguiria sobreviver. Umas deram duas semanas, outros só deram sete dias.

Com o passar dos dias, a casa ficava cada vez mais quente e abafada. Sua sede aumentava cada vez mais, e as pessoas do lado de fora, para piorar a situação do rapaz, enchiam vários baldes de água e jogavam na parede da casa só para torturá-lo.

Alguns dias depois, quando o rapaz já estava à beira da morte, ele disse:
- Tudo que vocês estão fazendo comigo, acontecerá também com vocês.

Todos começaram a rir dele achando que ele estava enlouquecendo.

No dia seguinte, foi anunciado no jornal que estava acontecendo o efeito estufa e que a água do mundo, estava se tornando escassa. Aconteceu justamente o que o homem havia dito.

Joyce Alves Marques

sábado, 14 de março de 2009




Algum tempo atrás, Maria, uma pequena garota do sertão cearense, executava seu trabalho na lavoura junto a mãe. Embora criança, ela nunca pudera estudar; a humilde vida da família forçava a garota ao trabalho compulsório.


Em um desses muitos dias ensolarados que assolam o nosso Estado, Francisca, mãe de Maria, pede para a filha deixar um delicioso bolo de fubá (que fizera com a boa colheita de bolo) na casa da avó, que se encontrava adoentada.


Atendendo ao pedido da mãe, a garota sai por esse sertão a caminho da casa da avó. Ela desobedece sua progenitora em um único aspecto, não vai pela trilha conhecida, aproveita a oportunidade de conhecer o caminho margeado por cactos espinhentos e pedras rachadas pelo sol que sua mãe tanto advertira a não seguir.


Sai sertão adentro divertindo-se com as paisagens exóticas que encontrava: arvores secas com aspecto de gente, cacto, cabeça de gado morto que acabava servindo de abrigo para muitos bichinhos. Distraída, Maria, não percebeu que um homem de aparência grotesca e com uma grande faca pendurada na cintura, aproximava-se dela a largos passos.


Quando percebe a presença daquele homem, Maria “apressa o passo” para chegar a casa de sua avó. O homem se aproxima e indaga o que uma criança como ela estava fazendo aquela hora em um caminho tão perigoso. Maria responde que vai visitar a avó.


De repente, o homem começa a tagarelar e a fazer uma serie de perguntas que a garota se vê impelida a responder, pois vê no homem um amigo e não mais uma ameaça. A conversa segue até a casa da avó, onde amenina deixa o bolo e os desejos de melhora.
No dia seguinte a noticia; a avó foi morta e tudo mais roubado.


Isabelly Cysne Augusto Maia



03, Janeiro, de 2007


Não, não posso acreditar nisso! Será que meus olhos de fato viram aquela cena? A quem estou querendo enganar?, claro que vi.


Hoje á tarde sai com minhas amigas para o cinema, foi um momento de muita diversão, o filme foi ótimo sem falar nas compras que fizemos após a secessão cinematográfica.


Lojas de bolsa, sapatos, roupas, tudo fora vasculhado por nossas mãos, ávidas por uma novidade da moda.


Com o mesmo sorriso nos lábios, entramos na maior loja de óculos escuros do “shopping”. Enquanto procuravam o modelo “ideal” para seus tipos faciais – redondos, curvos, alongados, finos – uma figura chamou minha atenção.


No canto da loja estava um rapaz aparentemente franzino, devido á longa jaqueta de couro que lhe pendia dos ombros de uma maneira desproporcional. Ele experimentava os diversos modelos de óculos masculinos e quanto mais eu o olhava mais tinha a sensação de conhecê-lo.
Depois o meu observado comprou uns óculos de modelo masculino (provavelmente para ele) e um de modelo feminino.


Saímos todos da loja (eu, minhas amigas e o homem misterioso) com ele caminhando a nossa frente. Coincidentemente fomos para a praça de alimentação, em uma das mesas estava uma das garotas de minha escola, o menino aproximou-se dela e entregou-lhe o óculos que há pouco havia comprado com um estalado beijo na bochecha, naquele momento percebi que o tal rapaz era meu namorado, e as lagrimas brotaram do meu rosto.


Isabelly Cysne Augusto Maia

quinta-feira, 12 de março de 2009


Já são oito da manhã, algo muito estranho estava acontecendo: o sol não nasceu ainda. Todos começam a se assustar, as luzes da cidade tentam clarear aquela escuridão imensa, as lojas ainda não abriram, as crianças não querem acordar para ir à escola. As pessoas começam a se perguntar:

—Será que o sol apagou?

—E se ele tiver sido engolido por um grande buraco negro?

Pesquisadores da estação espacial buscavam uma resposta para essa loucura.

Eles descobriram que o grande astro estava correndo risco de sumir. Só havia uma saída, era injetar uma bomba no sol, capaz de revitalizá-lo.

Era uma difícil missão, formou-se uma equipe com oito astronautas. Tudo estava sendo providenciado com muita rapidez. Duas semanas depois, de trabalho intenso para construir uma nave resistente e uma bomba eficiente, os astronautas são enviados para o sol.

Passaram-se três meses e, quando a nave estava pronta para liberar a bomba, o alerta vermelho dispara: era falta de oxigênio. Todos se desesperaram e começaram a procurar alguma reserva de ar, três parceiros não resistiram e morreram, dois foram eletrocutados, os outros três conseguiram acionar a bomba e mandá-la ao sol, mas sem ter como voltar, ninguém sobreviveu na nave espacial.

No outro dia, às 5:30, lá estava o sol lindo e radiante!

Ilana Maria Holanda Sousa Teles

segunda-feira, 9 de março de 2009


Maurício era um rapaz rico. Ele era muito infiel, namorava várias mulheres ao mesmo tempo. Porém, achando-se muito esperto, só namorava mulheres de diferentes classes sociais, pois geralmente elas não se falam e assim, nunca descobririam.

Certo dia, Maurício estava entediado e resolveu trocar de namoradas. Quando terminou “seus namoros”, tratou logo de arranjar outras namoradas.

Com o tempo, ele foi se apegando a duas de suas namoradas e acabou engravidando-as. Ao receber a notícia, ficou logo preocupado, com medo de que fosse forçado a se casar.

O tempo foi passando e elas não falaram em casamento. Ele ficou aliviado achando que seguiria com sua vida normalmente. Quando ele menos esperava, as duas namoradas ligam para sua casa dizendo que já estavam a caminho de sua casa para dar uma importante notícia. Maurício fica desesperado, seu segredo está para ser revelado.

Por uma infeliz coincidência, as duas chegaram ao mesmo tempo. Ao chegar à porta, acabaram descobrindo que ambas namoravam o mesmo cara e que as duas esperavam um filho dele.

As duas, revoltadas, começaram a brigar feio e Maurício não conseguiu apartar as duas. Como a briga estava ficando feia, ele chamou logo a ambulância.

Ao chegarem ao hospital, uma delas não resistiu e acabou morrendo.

Joyce Alves Marques

“Tiago aproxima-se devagarinho daquela menina sentada distraidamente da pracinha do shopping. Parece que vai pregar-lhe um susto, mas imposta a voz e diz com pose de galã:
─ A senhorita, com ar tão solitário, espera alguém?
Depois do ligeiro susto, ela empina o nariz e responde toda afetada:
─ Sim, o meu namorado, um príncipe!”
(Wagner Costa. In: Samira Youssef Campedelli, org. Amigos. São Paulo: Atual, 1992.p.26.)
Sem demonstrar sua decepção ao ser “rejeitado”, o rapaz voltou a falar:
─ E este príncipe é tão cavalheiro que deixa a sua namorada esperando, solitária, quase esquecida por ele, não é?!
A menina ficou enfurecida no momento e levantou a voz:
─ Quem você pensa que é? Nem o conheço e você vem julgar o meu “namorado”! Ele deve ter tido algum imprevisto...
─ Não estou julgando- afirmou Tiago, calmamente- estou apenas relatando o que vejo!
─ Você não está vendo nada! Está querendo tirar algum proveito dessa situação! Querendo me “cantar” !
─ Realmente, tenho que concordar que não estou vendo nada de cavalheirismo! Mas a senhorita é muito convencida, não acha?
─ Por que você me chama de senhorita? É alguma ironia?
─ Claro que não! Apenas estou sendo cavalheiro, diferente de tantos outros...
─ Olhe voc...
─ Mas deixarei de te perturbar, afinal, devo ficar atento, pois também espero alguém!
Então, Tiago foi sentar-se num outro banco ao lado. E a garota ficou, impacientemente, esperando seu “príncipe”. Ficava, ela, observando que o rapaz não saia dali. E, assim foi passando o tempo...
─ Por que você não vai embora?
─ Por que estás me expulsando? Não estou mais te incomodando!
─ Não diretamente! Pois faz mais de duas horas que estou aqui, e você também! Sendo que eu espero alguém, e você? Fica me vigiando...
─ Mais uma vez digo que és convencida! E, abrindo um parêntese: ainda esperas alguém?!
─ Você não pode falar nada! E eu vou ligar para ele, com licença!
A menina entrou no shopping.
─ Por que você ainda não chegou? Faz duas horas que estou aqui te esperando e você não chega! Da última vez que nos comunicamos, eu marquei esse horário!
─ Mas querida, eu também estava te esperando há duas horas. Porém já fui embora. Deixei até um bilhete debaixo do banco onde eu estava, caso você ainda fosse.
A menina saiu correndo e viu a cartinha que seu príncipe deixara e num suspiro falou:
─ Ah Tiago, se ao menos você tivesse dito seu nome, tudo teria sido diferente.

Letícia Maria Rodrigues Ramos

“Ele estava junto à parede dos fundos do supermercado. Virei a esquina e me deparei com ele. Fazia sol naquela manhã, pois muitos têm sido os dia de sol. Mas, como era ainda bem cedo e a cidade mal despertava, o sol esbranquiçado e preguiçoso lançava sobre a calçada uma luz tímida, oblíqua. Seus raios, depois de esgueirar-se por entre os prédios ainda envoltos pelas últimas sombras, incidiam sobre o chão apenas em um determinado ponto. E o facho de luz, reticulado pelos grãos de poeira em suspensão, derramava-se sobre as pedras portuguesas com um toque quase sobrenatural – como um raio de anunciação.
Pois era bem ali – no trecho da calçada banhado por aquele sol primeiro – que ele, o anjo, se encontrava”.

(Heloísa Seixas Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.p.61.)

Não acreditava no que estava vendo. Fechei bem os olhos, mas quando abri, ele ainda estava lá. Aquela figura angelical me encarava. Comecei a suar frio, minhas pernas ficaram trêmulas, minhas mãos suadas, fiquei com falta de ar, meu coração pulsava cada vez mais rápido... Cheguei a pensar que estava morrendo. Tentei afastar-me daquela figura. Para onde eu olhava, lá estava.
De repente, vi uma luz branca que me puxava em sua direção. Lutei contra ela, tentei correr, mas minhas pernas trêmulas não permitiam. Minha visão começou a falhar. Via tudo embaçado e com vários borrões pretos. Fiquei desesperada! Não queria deixar minha família e amigos para trás. Se soubesse que meu fim se aproximara, teria dado mais atenção aos meus familiares e amigos. Queria ter uma oportunidade de dizer o quanto eles são importantes para mim, mas era tarde demais.
Tentei, com muito esforço, fugir novamente, mas foi inútil. Acabei caindo e batendo a cabeça. Estava inconsciente.
Acordei assustada: onde estava e o que havia acontecido. Quando menos esperava, lá estava aquela figura angelical novamente me encarando. Antes que tivesse alguma reação, ouvi uma voz doce perguntando se eu estava bem. Logo percebi que a voz vinha de uma criança loira de olhos azuis. Parecia um anjo.
Perguntei à criança o que havia acontecido. Ela disse que quando eu virei à esquina do supermercado, caí batendo a cabeça e tinha desmaiado. Fiquei aliviada, pois tudo não passara de um sonho.


Joyce Alves Marques

segunda-feira, 2 de março de 2009


Uma grande tempestade ocorria na cidade de Curitiba naquela madrugada de sábado. As estradas não se encontravam alagadas, mas o trânsito estava terrível. Rafael tinha um casamento, no dia seguinte, do seu irmão que mora em São Paulo, portanto estava desesperado, pois não sabia se chegaria a tempo ao seu compromisso. Seu vôo sairia naquela manhã; por isso ligou rapidamente para a companhia de táxi:
─ Estou precisando de um táxi rumo ao Aeroporto Afonso Pena!
No momento em que o rapaz entrou no carro, este começou a fumaçar. O motorista, então, falou:
─ Coitado deste pobre carro! Tão velho que o motor pifou!
─ E agora?! ─ perguntou Rafael.
─ Pedirei outro táxi para o senhor, porém ainda vai demorar uns 50 minutos!
Além do atraso do táxi, o trânsito estava um caos e o temperamento de Rafael também. Depois de tantos imprevistos, o rapaz chegou ao aeroporto todo encharcado, pois ele saíra correndo com suas malas do carro para não se atrasar ainda mais.

Enfim, na última chamada para o embarque, Rafael entrou na sala e conseguiu embarcar. Quando pegou o seu livro para ler durante a viagem, ocorreu um grande estrondo. Começou, então, uma gritaria e a porta que tem escrito “saída de emergência” foi aberta. Todos, desesperados, saíram correndo. E, foi avisado que um raio atingira o avião e não sabiam se ainda iriam decolar.

Rafael não estava desesperado, estava enfurecido! Tempestade, carro, trânsito, e agora, até o avião decidira ficar contra ele! Então, ele decidiu ir de ônibus. Tanta coisa já ocorrera, o que ainda poderia acontecer?!


Letícia Maria Rodrigues Ramos


No interior do Nordeste, na casa de sua madrasta morava uma linda jovem que trabalhava como empregada, pois seu pai havia morrido há um mês e como a madrasta Aélia odiava Cindy, tratava-a como uma empregada e não lhe dava nada, somente atendia aos pedidos de suas duas filhas mimadas.

No bairro onde morava, havia um rapaz lindo, que todas as garotas eram loucas por ele. Era inteligente, simpático e não aceitava injustiça.

Certo dia ele, o Thiago, resolveu fazer sua festa de aniversário, que seria em uma semana e sua mãe pediu que ele escolhesse uma moça para namorar. Thiago convidou todos os jovens do bairro.

Cindy queria muito ir, mas no dia da festa Aélia não permitiu e mandou-a limpar todo o chão da casa. A jovem ficou muito triste e correu para o seu quarto chorando. Mais tarde quando Aélia e suas filhas saíram, Cindy encontrou debaixo da cama um presente de seu pai que iria lhe dar antes de morrer: era um lindo vestido e sapatinhos delicados.

Ela pôs o vestido, calçou os sapatos, arrumou o cabelo. Ficou toda deslumbrante e foi para a festa. Quando Thiago a viu, ficou encantado e foi conversar como ela. Achou Cindy muito bonita, educada e simpática. Pediu Cindy em namoro e ela aceitou.

A jovem saiu da casa onde não era bem tratada e foi morar com Thiago. Ele nunca mais deixou Aélia chegar perto de Cindy.


Ilana Maria Holanda Sousa Teles


Na cidade do interior, José toma uma cervejinha com seus amigos no bar; conversam cada besteirada, que só vendo para acreditar, pareciam uns jumentos desnorteados, um se segurando no outro, indo para lá e para cá...
José tinha saído de casa porque a mulher estava com raiva dele, o homem tinha aparecido na esquina da casa, bêbado e com outra, pense num bicho infiel. Depois de horas naquela bebedeira, ele angustiado porque a mulher não queria saber dele, começava a cantar:

“Eu não sou cachorro não...”

De repente aparece um cachorro feio, unhas enormes, com pouquíssimo pêlo e magrinho que dava para ver até o osso do animal. Quando um dos caboclos do bar viu o cachorro indo em direção deles, ele gritou:
-Cuidado com o calazar!Vamos embora se não ele morde.
O povo se apressou deixou o dinheiro da conta na mesa e foi correndo embora. O coitado do José é que ficou lá sem entender nada, não sabia nem o que era calazar, mas o homem estava tão bêbado que saiu correndo em direção à lagoa que tinha por perto, pensava que era brincadeira do pessoal, mas meio tonto, tropeçou no batente, bateu a cabeça no tronco, que estava logo na frente e caiu desmaiado na lagoa.
Quando souberam da história, deram à lagoa o nome de José calazar, onde ele morreu sem saber o que era calazar.


Ilana Maria Holanda Sousa Teles


“Thiago aproxima-se devagarzinho daquela menina sentada distraidamente na pracinha do shopping. Parece que lhe vai pregar um susto, mas imposta a voz e diz com pose de galã:
-A senhorita com ar tão solitário, espera alguém?
Depois do ligeiro susto, ela empina o nariz e responde toda afetada:
-Sim, o meu namorado, um príncipe!”

(Wagner Costa. In: Samira Youssef Campedelli, org. Amigos. São Paulo: Atual, 1992.p.26.)

-Puxa como você é esquentadinha, viu?
-Você que não devia estar aqui, meu namorado deve estar já chegando- disse ela olhando para a entrada do shopping.
Mas Thiago não se convence e pergunta:
-Você está esperando por ele aí sentada há quantas horas?
-Não é da sua conta.
-Como é o nome dele?
- É...
-Ah! Peguei-te, demorou muito para responder. Aposto que isso é história sua, para eu não falar com você.
-Ok, é verdade, então por que você não vai embora? O que você quer, hein?
-Ora deixa disso, venha, eu não sou tão chato assim. Vamos passear na beira mar, você vai gostar.
Thiago leva Letícia para passear, caminham um pouco pela calçada, sentindo aquela doce brisa da tardezinha, tomam uma água de côco e resolvem jantar em uma pizzaria ali por perto. Conversa vai, conversa vem, Letícia começa a perceber que ele é um garoto legal, divertido e simpático.
De repente no meio do jantar, Thiago levanta da cadeira, pede a atenção de todos que estavam na pizzaria, pega um violão e canta uma música em declaração de amor para Letícia:

“Você tem o aroma das rosas, me envolve em teu
Cheiro e assim faz minar
A imensa vontade de estar ao teu lado

Nem o mar tem o brilho encantante como o dos teus olhos
Minha pedra rara
Eu não vou negar sem você meu mundo para”

- Te amo Letícia, minha jabutizinha!
Letícia encantada com essa linda declaração, para e faz uma cara estranha, como quem estivesse indignado com algo e ela grita:

-Jabutizinha é a tua
prima! Seu cavalo!
Letícia saiu da pizzaria, pegou um táxi e foi para casa.
E Thiago ficou sem entender o que ele tinha falado de errado para ter deixado Letícia tão furiosa. E disse:

-Mas aquilo foi um elogio...


Ilana Maria Holanda Sousa Teles


“Ele estava junto à parede dos fundos de um supermercado. Virei a esquina e me deparei com ele. Fazia sol naquela manhã, pois muito tem sido os dias de sol. Mas, como era ainda bem cedo e a cidade mal despertava, o sol esbranquiçado e preguiçoso lançava sob a calçada uma luz tímida, obliqua. Seus raios, depois de esgueirasse por entre os prédios ainda envoltos pela ultima sombra, incidiam sob o chão apenas num determinado ponto. E o facho de luz, reticulado pelos grãos de poeira em suspensão derrama sobre as pedras portuguesas com um toque quase sobre natural – como raio de anunciação -.

Pois era bem ali – no trecho da calçada banhado por aquele sol primeiro – que ele, o anjo, se encontrava.”

(Heloísa Seixas Contos mínimos. Rio de Janeiro: Record, 2001.p.61.)

Somente uma reação era plausível, a de mais completo espanto; fechei meus olhos incrédula que estava vendo tal ser, era uma figura tão pura, tão angelical, tão bela........, não pude manter meus olhos fechados por muito tempo, tive que abri-los na ânsia de ver tal ser novamente, por mais uma vez.
Olhei-o novamente, e qual não foi minha surpresa, ele ria para mim, um riso tão indescritível e chamava-me para mais perto de sua beleza estonteante. Não pude resistir ao convite. Senti-me coagida a segui-lo, não poderia perdê-lo de vista sem maiores informações.
Aproximei-me mais de sua luz, ela se tornava mais intensa à medida que me aproximava. Quando me encontrava bem mais perto dele, ele falou:
- Vim de longe para vê-la, não me faça muitas perguntas, nosso tempo é curto. Apenas siga-me e aproveite bem cada momento.
Depois daquelas palavras proferidas, ele segurou minha mão e de repente estávamos sobrevoando minha cidade; de fato estava sendo um dia maravilhoso um dia maravilhoso Passamos por muitos lugares que há muito tempo não via: o sítio de minha família, a rústica casa de meus avós no interior, meus amigos de escola e de faculdade. Posteriormente passamos pelo edifício de meu trabalho, a minha casa, o mercantil, dentre as paisagens vistas eram as que eu mais freqüentava atualmente. Estranhamente senti uma sensação de solidão, de isolamento, parece que rever todos aqueles lugares despertou em mim um sentimento nostálgico.
Por fim, passamos pela casa de minha família, qual não foi minha surpresa ao ver o quanto meus sobrinhos tinham crescido, o quanto meus pais tinham envelhecido, eles não tinham tantas rugas da última vez que os vi, minha irmã caçula, era agora uma mulher; realmente o tempo passa sem sentirmos. Há pouco tempo eu era uma criança e hoje sou uma mulher repleta de responsabilidades.
Diante de minha cara o anjo perguntou:
- Qual foi a última vez que você viera ver sua família?
- Para ser bem sincera, meu mais novo amigo, eu não sei ao certo. Sei somente que minha omissão tem sido tão grande que nem sei mais se posso me redimir. Tenho pensado tanto em trabalho, em lucro, em ganho, que minha família tem sempre ficado para trás.
Foi com um tom de escárnio na voz que ele por fim falou-me:
- Pois bem, se você tivesse que largar tudo agora, se sua morte fosse anunciada e você tivesse que vir comigo o que faria?
- Imploraria para ficar por mais algum tempo. Sei que minha missão ainda não esta concluída, muito ainda precisa ser revisto, analisado, pensado e principalmente modificado
E como num passe de mágica aquele anjo desapareceu da mesma forma que surgira, abruptamente.
Foi então que me dei conta de quanto precisamos ser provocados por algo mágico e inacreditável para percebermos com mais clareza as chances maravilhosas que a vida nos oferece para sermos felizes. Basta querermos.

Isabelly Cysne Augusto Maia